domingo, 26 de setembro de 2010

Conclusão

Com esse trabalho notamos que nosso mundo antigamente era totalmente diferente. Já parou pra observa quanto mudou nosso mundo?
Então é isso ai, com todo esse desenvolvimento, com toda essa tecnologia, nosso mundo vai se tornado revolucionário.
Com todo esse estudo sobre Revolução Industrial percebemos que a Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mãos-de-obra humanas. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos têm faltado empregos para a população.
Olho por olho, dente por dente, e o mundo acabará em muitas outras revoluções.



Postada e discutida pelo grupo: Fagner Murilo, Glifferson Diego e LuisGustavo.


Video Revoluçao Industrial

http://www.youtube.com/watch?v=SPLEu_lxilA

Revolução Industrial atualmente

O Brasil e a nanotecnologia:
rumo à quarta revolução industrial



O mundo encontra-se no limiar de uma nova revolução industrial, ou melhor, ele já está, de fato, mergulhado nela: trata-se, obviamente, da transformação radical dos processos e produtos de nossa atual civilização industrial por meio da aplicação do infinitamente pequeno às mais diferentes utilidades da vida diária. Essa revolução é bem mais importante, e mais desafiadora, do que aquelas que presidiram ao domínio do homem sobre as forças da natureza nas três revoluções anteriores ou etapas precedentes de progressos materiais e tecnológicos desta nossa civilização industrial.

 

Postado por : Fagner Murilo

Revolução Industrial inglesa

A chamada primeira Revolução Industrial ou com mais propriamente é chamada - Revolução Industrial inglesa -, foi um acontecimento de proporção intimamente ligado à Inglaterra, que se realizando melhor que os outros países partem para a área central da economia-mundo, a acumulação primitiva de capitais, pode criar condições que permitam a introdução continua de inovações técnicas e da forma fabril de produção. Esse processo de desenvolvimento industrial conseguiu levar o homem a tornar-se independente das forças da natureza, para realizar as suas tarefas produtivas. Entre 1769 e 1782, com a introdução da máquina a vapor por James Watt que introduzida às ferrovias são uma "invenção" que permitiu um notável aumento na produção mineira, principalmente de carvão e ferro. Já em termos de produção, a Revolução Industrial Inglesa caracterizou-se com um tripé: a indústria têxtil, a siderúrgica e a mineração de carvão.
O comentário de um visitante alemão retrata fielmente uma Inglaterra transformada pela Revolução Industrial, em 1835, "observamos centenas de fábricas com cinco ou seis pavimentos, cada qual com uma chaminé colossal ao seu lado, exalando negro vapor de carvão". Como se encontrava o trabalhador nesse processo, na verdade via-se transformado em acessório de produção, podendo ser trocado sem alterar em nada, houve também uma migração para as cidades industriais, onde qualquer que fosse a inovação técnica imediatamente ampliava-se o mercado de trabalho.
A mais acurada teorização acerca da estrutura interna do sistema capitalista (que sustentava que a crescente exploração da classe operária levaria o sistema a crises sucessivas, até uma crise final, quando o operariado tomaria o poder instalando outro sistema econômico - o socialismo) foi esboçada por Karl Marx e Friedrich Engels na obra Manifesto Comunista (1848), e sistematizada em O Capital (1867), esses autores vivenciaram as transformações sociais que a Revolução Industrial causou à Inglaterra.
O conjunto de inovações que acabou ficando chamado de Segunda Revolução Industrial fez com que alterasse o sistema econômico capitalista, uma mudança tanto em sua organização com em sua estrutura, dentre as modificações que ocorreram com a Revolução Industrial apenas a estrada de ferro permaneceu recebendo recursos, pois o ferro aí deixou de ser um produto industrializado, para se tornar matéria-prima para o aço. Também o vapor de água foi substituído pela eletricidade e pelo petróleo, como uma fonte de energia. A indústria química também permitiu que ocorresse uma crescente independência industrial das matérias naturais. As fábricas conheceram seu apogeu com a introdução da linha de produção, assim a ciência tornou-se matéria auxiliadora da técnica, e a administração dos negócios adquiriu um caráter científico. A ferrovia popularizada na Inglaterra como um meio de transporte eficiente, também rápido e barato.
A Revolução Industrial Inglesa com o aparecimento da indústria química produziu um impacto entre as relações homem e natureza, que com essa relação o homem tornou-se independente da natureza podendo produzir artificialmente e sinteticamente matérias-primas, agora países que não possuíam jazidas de determinados produtos, que podendo ser devido a sua condição geoclimática não permite o cultivo de plantas tintoriais, podem agora produzi-las artificialmente, anilinas, ácidos, tecidos e corantes sintéticos, alcalóides, explosivos, essências, medicamentos e plásticos são produzidos em grande volume, com essa nova indústria que "imita a natureza".
Devido à introdução da linha de produção a produção fabril recebe um grande impulso, essa permite uma extrema especialização do trabalho, aumentando a produção, e barateando mesmo que sensivelmente os custos unitários dos produtos industrializados. Também a livre concorrência entre as empresas, esta pela conquista do mercado consumidor, faz com que o "capital maior engula o capital menor", fazendo com que este se concentre, e este concentrado faz com que ele possa aumentar seus lucros, podendo estabelecer seus preços e controlar suas ofertas. Assim esse capital monopolista manifesta-se na condição de dois tipos de empresas, os trustes e os cartéis. Os trustes são acumulações verticais de capitais, que controlam a oferta de determinados produtos, desde as fontes de matérias-primas, passando pelos processos de fabricação, até a sua comercialização. Já os cartéis são acumulações horizontais de capitais, que controlando apenas parte do setor produtivo, levam as diferentes empresas especializadas em suas diversas etapas, a associarem-se a fim de que possam impedir a concorrência de outras e controlar os mercados.
Como nesse novo mundo a ciência passa a ser considerada, e torna-se um esforço concentrado e metódico, para o avanço da técnica, também o gerenciamento dos negócios passa a possuir um caráter técnico-científico, com o aparecimento de administradores e gerentes profissionais, o que leva à separação entre a propriedade e a direção das grandes empresas, exemplo foi Frederick W. Taylor (1885-1915), que com seus métodos que procuravam ter um máximo rendimento produtivo dos operários, com um rigoroso procedimento de trabalho, fazendo com que os operários seguissem o mesmo ritmo das máquinas, este também foi adotado por Henry Ford, na produção de seus automóveis. Tudo isso levou a característica da Segunda Revolução Industrial a acumulação de capitais, pelo fato de que a concentração de capitais faz parte da própria dinâmica do capitalismo.
Enquanto a Inglaterra foi durante muitas décadas a única nação realmente industrializada, os demais países continuavam agrários, talvez pelo fato de serem burguesias nacionais fracas e desarticuladas para que pudessem influir na política de seus Estados com sucesso, e atenderem aos seus interesses. Esses países iriam enfrentar a concorrência de uma Inglaterra já há um século industrializada e possuidora de vastas possessões coloniais que garantem a ela mercados consumidores seguros, e como fontes abastecedoras de matérias-primas. A ausência da industrialização nesses países não implicava que estes não pudessem se desenvolver como países capitalistas, ou mesmo que estivessem sendo sujeitos de qualquer outro sistema econômico. Mas, a partir do momento em que o capitalismo se constitui isso nas décadas do século XVIII na Inglaterra, ele passa a ter a capacidade crescer na economia-mundo desde décadas do século XVI. O que passa a acontecer é que as pequenas parcelas dessa economia-mundo tornam-se áreas centrais do sistema capitalista. Isso acontece com a Inglaterra por mais de um século, em quanto isso os outros países permanecem periféricos, no sentido de favorecer a área central, graças à existência de um desenvolvimento desigual e de uma relação de troca também desigual. Mas o que a industrialização traz para um país não sua inclusão no sistema capitalista, mas a sua admissão na área central desse sistema.

Postado por: Luís Gustavo F.Resende


A Revolução Industrial e suas consequências

Por Elias Celso Galvêas Este breve trabalho didático visa acompanhar e analisar a evolução dos acontecimentos históricos, bem como a conjugação de fatores, que permitiram a efervescência das atividades comerciais, desde a corporação de pequenos artesões e manufaturas locais, até a produção internacional em larga escala - propiciada pela invenção da máquina à vapor, no final do século XVIII, por James Watt, na Inglaterra. Apesar de ter se originado na Inglaterra (portanto, fora do Continente Europeu), a Revolução Industrial foi um fenômeno internacional, tendo acontecido de maneira gradativa, a partir de meados do século XVIII. A Revolução Industrial provocou mudanças profundas nos meios de produção humanos até então conhecidos, afetando diretamente os modelos econômicos e sociais de sobrevivência humana em toda a Europa. Com o advento da Revolução Industrial (RI), o modelo feudal, anterior à RI, de natureza essencialmente agrária - e que caracterizou todo o período medieval - começa a entrar em decadência, cedendo lugar, paulatinamente, ao novo modelo industrial. Primeiramente, observamos transformações significativas em nível local, regional, para, em seguida, dar início à Revolução Industrial em nível internacional de larga escala que, inclusive, acabará por acarretar a Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), no início do século XX - e, como bem sabemos, acarretando indiretamente também a Segunda Grande Guerra (1939-1945), como um movimento de revanchismo por parte dos perdedores da 1ª GM. A grande Revolução Industrial começou a acontecer a partir de 1760, na Inglaterra, no setor da indústria têxtil, a princípio, por uma razão relativamente fácil de se entender: aliadas às inovações tecnológicas, o rápido crescimento da população e a sua constante migração - do campo para as grandes cidades - acabaram por provocar um excesso de mão-de-obra nas mesmas (cidades). Este processo acabou por gerar um excesso de mão-de-obra disponível e barata nos grandes centro urbanos, o que permitiria a exploração e a expansão dos negócios que proporcionariam a acumulação de capital (Capitalismo) pela então burguesia emergente. Isto tudo, aliado ao avanço do desenvolvimento científico e tecnológico - principalmente com a invenção da máquina à vapor e de inúmeras outras inovações tecnológicas - proporcionou o início do fenômeno da industrialização mundial – ocorrido, como já foi comentado, primeiramente, na Inglaterra. No século XVII, no ano de 1600, a população da Inglaterra passou de 4 milhões de habitantes para cerca de 6 milhões; no século seguinte, no ano de 1700, a população já beirava os 9 milhões de habitantes! Na Europa Continental, esse crescimento foi ainda mais rápido: na França, por exemplo, a população passou de 17 milhões, em 1700, para 26 milhões em 1800. O crescimento demográfico em tal escala proporcionou uma forte expansão dos mercados consumidores de bens manufaturados, especialmente vestuários. As péssimas condições de vida no campo, devido ao aumento repe tino da população, levou com que o homem do campo migrasse para as cidades. Estes fatos consitutíram os principais fatores que determinarão a explosão da "Revolução Industrial em escala mundial" que está por vir nos séculos vindouros. Um outro fator importante no acontecimento revolucionário industrial, foi que, na Inglaterra, o consumo de tecidos de lã era muito maior que os de algodão. Os tecidos de algodão eram importados da índia, de modo que, para proteger a indústria local de lã, o Parlamento inglês criou tarifas pesadas sobre as importações dos tecidos de algodão estrangeiros e, dessa forma, acabou por incentivar a industrialização dos tecidos de algodão na própria Inglaterra – que, com a medida, ficavam sem concorrentes. Até meados do século XVIII (1760), a fiação - tanto de lã como de algodão - eram feitas manualmente, em equipamentos toscos chamados rocas, rocadoras, de baixíssimo rendimento. A partir de 1764, James Hargreaves inventou e introduziu no mercado a sua famosa máquina “Spinning Jenny”, que consistia numa máquina de fiar que multiplicou a produção em 24 vezes em relação ao rendimento das antigas rocas. Para a época, esta consitituía-se em uma inovação tecnológica sem igual. Logo em seguida, o mesmo inventor colocava à disposição do mercado uma nova invenção: a lançadeira volante “Fly-Schepel”. A combinação desse processo de tecelagem com a fiação das “Spinning Jenny” produziu uma verdadeira revolução, que seria completada com a invenção do Bastidor Hidráulico de Richard Arkwright, que tornou possível a produção intensiva das tramas longitudinais e latitudinais – invento que foi otimizado com a chamada Mula Fiadora (Spinning Mule), inventada por Samuel Cropton, em 1789, uma combinação da "Spinning Jenny", de James Hargreaves, com o "Bastidor", de Richard Arkwright. Com esses novos processos mecânicos, a produção aumentou de 200 a 300 vezes em comparação com o que era produzido antes - pelas manufaturas convencionais -, no mesmo período de tempo. Ademais, melhorou substancialmente a qualidade do fio. Ainda no século XVIII, em 1792 um outro invento de Eli Whitney conseguiu separar mecanicamente as sementes da fibra do algodão, de modo a reduzir substancialmente o seu preço. As primeiras máquinas eram suficientemente baratas para que os fiandeiros pudessem continuar a trabalhar em suas casas. No entanto, na medida em que aumentavam de tamanho, deixaram de ser instaladas em pequenas habitações para serem instaladas nas oficinas ou fábricas, perto dos cursos d´água que, por sua vez, podiam ser utilizados como fontes de força motriz. É importante lembrar, que, até então, toda força motriz utilizada na indústria incipiente era de fonte hidráulica. A transição da indústria doméstica para o sistema fabril não se fez do dia para a noite, de modo que, durante muito tempo, a fiação de algodão continuou sendo feita em casa, em pequenas manufaturas, assim como nas primeiras fábricas que começavam a surgir. Entretanto, em 1851, já três quartos (ou 75%) das pessoas ocupadas na manufatura trabalhavam em fábricas de médio e grande porte. Porém, a tecelagem continuou sendo uma industria doméstica, até que surgiu a invenção de um tear mecânico, que era barato e prático. Com essas invenções, os tecelões manuais foram deslocados para as fábricas e, praticamente, com o passar do tempo, acabaram por desaparecer. Este era o começo do fim das pequenas manufaturas caseiras (que constituíam a corporação de artesãos). As inovações introduzidas na indústria têxtil deram à Inglaterra uma extraordinária vantagem no comércio mundial dos tecidos de algodão, principalmente a partir de 1780. O tecido era barato e podia ser comprado por milhões de pessoas que jamais haviam desfrutado o conforto de usar roupas leves e de qualidade. Em 1760, a Inglaterra exportava 250 mil libras esterlinas de tecidos de algodão e, em 1860, já estava exportando mais de 5 milhões. Em 1760, a Inglaterra importava 2,5 milhões de libras-peso de algodão cru, e, já em 1787, importava 366 milhões. Ao lado das grandes invenções e inovações no campo da indústria têxtil, surgiu uma outra grande invenção: a máquina a vapor, de James Watts, em 1763. Segundo alguns historiadores, foi essa combinação de invenções no campo da indústria têxtil e a máquina a vapor, principalmente na indústria de mineração, dos transportes ferroviários e marítimos, que, num período de 100 anos (1770 a 1870), caracterizaram e promoveram a grande Revolução Industrial - primeiramente na Inglaterra, para, posteriormente, se espalhar por todo continente europeu. O rápido crescimento da população no continente europeu (metrópolis) e nas colônias, principalmente entre 1800 e 1850, fizeram com que, também, em outros países da Europa, se construísse um clima favorável à proliferação industrial. Um elemento importante no contexto da Revolução Industrial foi a melhoria generalizada dos sistemas transportes, nas mais variadas partes da Europa: Na Áustria, foram construídos mais de 48 mil Km de estradas, entre 1830 e 1847; a Bélgica quase dobrou sua rede de estradas no mesmo período; e a França construiu, além de estradas, 3.200 km de canais. Nos Estados Unidos, onde a industrialização se processou num ritmo cada vez mais veloz, depois de 1830, o total das estradas saltou de 34.000 Km, em 1800, para 272.000 Km, em 1856. Por volta de 1840, os países da Europa Continental e também os Estados Unidos, seguiam mais ou menos lentamente o rumo da industrialização inglesa. Nos 10 anos seguintes, porém, o advento das estradas de ferro alterou inteiramente essa situação. A explosão das ferrovias provocou um surto de expansão em todas as áreas industriais. Não só aumentou em enormes proporções a demanda de carvão e matérias-primas, como também de grande variedade de bens pesados, como: trilhos, locomotivas, vagões, sinais, chaves de desvio, como também possibilitou um transporte mais rápido das mercadorias da fábrica para o ponto de venda, reduzindo o tempo de distribuição e o custo das mercadorias. Entre 1850 e 1870, a Grã-Bretanha - berço da Revolução Industrial - continuou a ser o gigante industrial do Ocidente. Entretanto, pouco a pouco, a França, a Alemanha, a Bélgica e os Estados Unidos viriam a assumir posições cada vez mais importantes. A sustentação de uma posição privilegiada no campo industrial levou os países europeus a uma política agressiva na área comércio internacional, procurando impedir que outros países, principalmente fora da Europa, desenvolvessem satisfatoriamente as suas indústrias. A Europa usava seu poderio econômico e, quando necessário, sua força militar, para garantir que o mundo permanecesse dividido entre os produtores de manufaturas e os fornecedores das matérias primas, localizadas principalmente nos países colonizados. Este foi um aspecto da divisão do trabalho que, em nível mundial, mais caracterizou a Revolução Industrial. Enfim, sob o ponto de vista ideológico, o acelerado processo de urbanização e a gradual formação da consciência de classe – da nova classe dos trabalhadores, que passarão a se organizar em sindicatos – podem ser considerados os aspectos mais importantes e relevantes no tocante às conseqüências dos processos que levaram à Revolução Industrial. PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA INDUSTRIALIZAÇÃO Antes de examinarmos as conseqüências da Revolução Industrial, é importante registrar que, nos séculos XVI e XVII, a Europa vivia um enorme contraste entre o luxo dos palácios, a riqueza dos nobres aristocratas; em contraste com a pobreza e a miséria em que vivia a maior parte do povo. Já nessa época existia uma ascendente classe de burgueses que enriqueciam em ritmo exorbitante, principalmente, com o comércio nas novas colônias. Não havia trabalho para todos e, mesmo os que trabalhavam, ganhavam salários mínimos, muitas vezes insuficientes para sua subsistência. Não haviam garantias sociais, conforme conhecemos hoje. Ao lado desses pobres trabalhadores, convivia uma multidão de mendigos que, vivendo no extremo da miséria, representavam o resultado dos custos das prolongadas guerras e da inflação que assolou a Europa a partir da entrada de ouro e prata vindos da América. Impressionante o registro desses fatos: em meados do século XVII, a quarta parte da população de Paris era constituída de mendigos. Essa situação agravou-se ainda mais na segunda metade do século XVIII, quando foi registrada - na Europa - uma verdadeira explosão demográfica. Até 1750, a população da Europa, incluindo a Rússia, era de pouco mais de 100 milhões de pessoas, possuindo uma taxa de crescimento lenta que não chegava a mais de um por cento ao ano. A partir de 1750, no entanto, a taxa de crescimento da população chegou a 4% ao ano e, seguindo em um crescimento vertiginoso, atinge mais de 10%, na década de 1780. Em 1790, a cidade de Paris já contava com 700 mil habitantes e Londres, 900 mil. O que, para a época, era inconcebível! O excesso de população - seguida pelo êxodo rurual - é que respondia pela grande massa dos desempregados concentrados nas maiores cidades, o que proporcionava ao empresário capitalista burguês um grande contingente de mão-de-obra que poderia ser explorado por um preço irrisório. A conseqüência disto, como todos sabemos, é o começo da fase do "Capitalismo Selvagem", onde existe uma intensificação generalizada da exploração humana por parte dos emergentes detentores dos novos meios de produção - fato que, por sua vez, gerará inúmeras reações violentas em todo continente europeu por parte dos trabalhadores explorados e desempregados (miseráveis). E O QUE MAIS PRECISAMENTE ACONTECERÁ A PARTIR DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL? Com a Revolução Industrial, ocorreu um enorme aumento da produtividade, em função da utilização dos equipamentos mecânicos, da energia a vapor e, posteriormente, da eletricidade, que passaram a substituir a força animal e, ainda mais agravante, dispensava o trabalho humano. Esse aumento de produtividade aliado ao excesso de mão-de-obra acabaram por provocar, inevitavelmente, uma onda de desemprego em massa. E novas levas de milhares e milhares de trabalhadores desempregados vão se incorporar à grande e crescente massa de mendigos. Essa situação foi muito mais dramática na Europa Continental do que na Inglaterra por uma questão de emigração dos ingleses que deixaram as ilhas britânicas em direção a outras partes do mundo, principalmente Estadas Unidos, Austrália, Nova Zelândia e algumas regiões da África. Essa emigração foi acentuada a partir de 1850, em cuja década alcançou mais de 2,5 milhões de pessoas contra apenas 200 mil ingleses que emigraram na década de 1820. A situação só não foi mais catastrófica por que, ao lado da Revolução Industrial, ocorreu também uma Revolução Agrícola. A utilização de novos métodos agrícolas, rotação de safras, sementes selecionadas e o surgimento de novos equipamentos agrícolas, produziram um extraordinário aumento na produção de alimentos. Isso tornou o preço da alimentação mais barato e ajudou enormemente a sobrevivência dos trabalhadores. É bem verdade que, aí também, há um aspecto perverso: na medida em que melhoraram os preços e as condições de alimentação, o número de filhos por família aumentava assustadoramente. Como vimos anteriormente, ocorreu com a Revolução Industrial um extraordinário desenvolvimento da indústria têxtil, que veio acompanhada de forte expansão na produção agrícola de algodão - principalmente nas colônias - e da pecuária de carneiros para a produção de lã. Na Inglaterra, essa alteração na estrutura da produção agrícola representou uma transferência profunda da agricultura de alimentação para subsistência por uma nova atividade: a criação de carneiros, que ocupava enormes extensões de terra. Essa profunda mudança na estrutura da produção acarretou simplesmente a expulsão de milhares e milhares de camponeses de suas terras, para que os grandes proprietários expandissem a produção da lã. Esses camponeses expulsos de suas terras foram parar nas grandes cidades, onde muitos encontravam empregos na indústria, mas a maioria perambulava desempregada. O excesso de mão-de-obra nas cidades industriais fez com que baixassem tremendamente os salários dos trabalhadores. É verdade que alguns trabalhadores especializados, nas novas fábricas, melhoravam seus padrões de vida. Mas a maioria ganhava o suficiente apenas para se alimentar e sobreviver. Segundo a "História da Civilização Ocidental", de Edward Burns e outros, na cidade industrial de Bolton, na Inglaterra, no ano de 1842, um tecelão manual não conseguia ganhar mais do que cerca de três xelins, enquanto, nessa época, estimava-se necessário um salário de pelo menos 20 xelins semanais para manter uma família de cinco pessoas um pouco acima do limite da miséria! Na área da habitação, a situação era igualmente constrangedora. Em muitas das grandes cidades, homens e velhos viviam em casa de cômodos, separados das famílias que haviam deixado no campo. Os trabalhadores mais pobres, em quase todas as cidades européias, moravam em horríveis quartos de porão, muitas vezes destituídos de luz, de água e de esgotos. Daí a ocorrência intensa e freqüente de inúmeras doenças como: cólera, tifo e tuberculose, que, inclusiva, produziam uma enorme mortalidade infantil. Os historiadores diziam - e dizem ainda hoje - que podiam se considerar felizes os trabalhadores que não morressem de fome. Igualmente penosas eram as condições de trabalho nas fábricas: antes de 1850, a jornada fabril era longa, em geral de 12 a 14 horas diárias. O ambiente das fábricas era sujo, escuro e perigoso. As máquinas eram desprotegidas e ocasionavam freqüentes acidentes de trabalho, muitas vezes mutilando os trabalhadores. Por outro lado, havia um tremendo rigor em relação ao horário de trabalho e à permanência dos trabalhadores junto às máquinas. Ao lado disso, havia, na maior parte das fábricas, a preferência na contratação de mulheres e crianças, pois, além de protestarem menos quanto às condições de trabalho, pareciam conformadas em aceitar salários menores. É no contexto da Revolução Industrial, da deterioração das insuportáveis condições de vida dos trabalhadores, do desemprego em massa e da miséria extrema, que a Europa vai se aproximando da Revolução Francesa de 1789 - famosa por ter sido a precursora da queda dos regimes monárquicos (Antigo Regime) em toda a Europa. Na mesma época, uma sucessão de más colheitas agravou ainda mais a situação da Europa, resultando na escassez de alimentos e na elevação de seus preços. A fome e a miséria são os principais ingredientes da revolta do povo que levou à Revolução Francesa. As últimas décadas do século XVIII registraram esse quadro doloroso na Europa, onde desemprego e fome multiplicavam incrivelmente o número dos mendigos e vagabundos. No inverno, viviam todos recolhidos às suas pobres casas e cabanas procurando algum aquecimento em seus abrigos; enquanto que, na primavera, surgiam os bandos de salteadores, gerando grande insegurança nos campos e nas estradas. A moradia e segurança da nova classe trabalhadora européia eram, portanto, extremamente precrárias. No entanto, chegou um momento, no final da década de 1780, em que os camponeses se armaram e iniciaram uma grande revolta conhecida com o nome de "O Grande Medo", invadindo os castelos e queimando os títulos de propriedade. Nas regiões de Macon e Beaujolais, 72 castelos foram incendiados. Esta revolta representou o prelúdio para a Revolução Francesa, que ocorreria no ano de 1789, primeiramente na França, para depois se espalhar por toda Europa (e parte do Novo Mundo). Assim, o medo de perder suas riquezas e terras levou os burgueses a se unirem aos nobres e a organizarem tropas armadas para repelir as invasões gerando uma luta de classes violenta e sangrenta. A crise econômica que veio na esteira da "Revolução Industrial" e da "Revolução Francesa" provocou enormes agitações políticas em toda a Europa. No campo ideológico, contra o chamado “capitalismo selvagem”, idéias socialistas foram gradativamente ganhando corpo, minando as estruturas do Estado, da aristocracia e da burocracia. Os trabalhadores começaram a se organizarem em Sindicatos e, com isto, ganharam enorme poder de luta na defesa de seus interesses. Na Inglaterra, realizou-se um movimento político reformista de grande significação, o então chamado "Cartismo", entre 1833 e 1848, cujo programa (Carta do Povo) consegue a primeira lei de proteção ao trabalho da criança (1833) e das mulheres (1842), assim como a limitação da jornada de trabalho a 10 horas (1847). No campo político, uma onda revolucionária varreu a Europa, na França, Itália, Alemanha, Suíça, após a derrubada do Rei Carlos X, na "Revolução Popular de 1830" - que escolheu Luiz Felipe como monarca. Na grande Revolução de 1848, Luiz Felipe é destronado e Luiz Bonaparte, sobrinho de Napoleão, é eleito presidente da República da França. Este representou uma nova era para a França, bem como um forte golpe contra o antigo regime monárquico. A Revolução Industrial na sua seqüência, tomou, no plano das idéias, dois rumos diferentes: em uma vertente, desenvolveram-se as idéias do liberalismo econômico, segundo os postulados dos grandes economistas do final do século XVIII, principalmente Adam Smith, David Ricardo, Jean Batista Say e John Stuart Mill. Em contrapartida às idéias Capitalistas, surgiram, mais tarde, as reações de cunho socialista, que atingem um ponto máximo com o Manifesto Comunista de 1848, de Karl Marx e Friedrich Engels. No ponto de vista sócio-econômico, a Revolução Industrial proporcionou o comércio em escala mundial. O modelo Feudal, essencialmente agrário - caracterísco da Idade Média - entrou, gradativamente, em decadência, cedendo lugar ao comércio internacional em larga escala. Os grandes latifundiários, os senhores feudais, bem como a estrutura agrária feudal, entraram em franco declínio, cedendo lugar para o capitalismo da burguesia industrial emergente.


Postado por : Luís Gustavo F.Resende

Etapas da Industrialização

Podem-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:
 
1760 a 1850 – A Revolução se restringe à Inglaterra, a "oficina do mundo". Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.
 
1850 a 1900 – A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, França, Ale­manha, Estados Unidos, Itália, Japão, Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.
 
1900 até hoje – Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série; e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica.

Postado por: Luís Gustavo F.Resende

Condições dos Trabalhadores

Em todo o contexto de Revolução industrial exigia-se grande concentração de trabalhadores nas fábricas. O seu aspecto importante foi a separação entre os trabalhadores e os meios de produção. Com isso esses operários passaram a ter uma vida assalariada submetida aos capitalistas, donos dos meios de fabricação.

A conseqüência da revolução foi o crescimento das cidades, visto que os camponeses passaram a vir em grande quantidade para as cidades. As fabricas não tinham janelas contribuindo para o aumento da propagação das doenças. Por isso a vida dos funcionários estava sempre em perigo. Durante o início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições precárias. Muitos dos trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam submetidos a jornadas de trabalho que chegavam até 80 horas por semana. Suas residências imaginem eram um aglomerado de pessoas que viviam em pequenos cômodos, com apenas um banheiro, e um poço artesiano de água e outro de esgoto. Os patrões com o passar dos anos resolveram criar as vilas dos trabalhadores, que eram criadas para facilitar o transporte entre eles para o trabalho. As famílias tinham que pagar muito caro por um alojamento miserável, todos dormiam em esteiras úmidas, com isso sofriam com a tuberculose (a cada 3 crianças 1 morria ainda na primeira infância), nesse período a expectativa de vida não passava dos 30 anos de idade.

Gorki, M. em seu livro Mãe. Rio de Janeiro: Americana, 1975. P9) escreve “Todos os dias, o apito pungente da fabrica cortava o ar enfumaçado e pegajoso que envolve o bairro operário e, obedientes ao chamado, seres sombrios, de músculos ainda cansados, deixavam seus casebres, acanhados e escuros, feito baratas assustadas...Com o pôr do sol, a fábrica vomitava os seres de suas entranhas de pedra, e eles voltavam a espalhar-se pelas ruas com o rosto enegrecido pela fuligem, sujos, fedendo a óleo... famintos”.

O salário era miserável (em torno de 2.5 vezes o nível de subsistência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam, recebendo um salário ainda menor. Como sua produtividade aumentava os salários dos trabalhadores aumentava também, em mais de 300% entre 1800 até 1870. Devido ao progresso ocorrido nos primeiros 90 anos de industrialização, em 1860 a jornada de trabalho na Inglaterra já se reduzia para cerca de 50 horas semanais sendo 10 horas diárias durante cinco dias de trabalho por semana.

Aumento das horas de trabalho, baixos salários e desemprego caracterizavam frequentemente em greves e revoltas. Esses conflitos entre os dois lados (operários e patrões) geraram problemas de caráter social e político. Os trabalhadores organizaram-se, então, em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses: melhores condições de assistência e segurança social, salários dignos, redução da jornada de trabalho, etc. Diante desse quadro surgiram os sindicatos.

A Revolução Industrial é um marco da modernidade e da vida atual. Porém é o processo que veio trazer o fim do planeta se nós seres humanos não começarmos a nos conscientizar e interromper esse Consumismo devorador que nos corrompe dia a dia.
 
Postado por: Luís Gustavo F.Resende

Revolução Industrial

História da Revolução Industrial, pioneirismo inglês, invenções de máquinas,
passagem da manufatura para a maquinofatura, a vida nas fábricas, origem dos sindicatos.


revolução industrial - interior de uma fábrica
Interior de uma fábrica durante a Revolução Industrial


Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva da época da Revolução Industrial Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.


postado por: Luís Gustavo F.Resende

A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - UMA EXPLICAÇÃO PARA O FIM DA URSS

No pós-guerra, embalados pelo Plano Marshall, os aliados aos Estados Unidos cresceram aceleradamente. Movidos por acirradas concorrências, as empresas dos Estados Unidos , da Europa Ocidental e do Japão fizeram um gigantesco esforço bisando à introdução de novas tecnologias, principalmente daquelas aplicadas ao processo produtivo, tais como a informática, a robótica, técnicas de miniaturização, etc., tudo isso possibilitou uma brutal elevação, tornando-as mais competitivas.
Evidentemente, para alcançar esse novo patamar houve um esforço conjunto entre as empresas e os Estados e os Estados que as abrigam no sentido de se investir maciçamente em pesquisa e desenvolvimento e na elevação dos níveis de qualificação da mão-de-obra. A essas novas tecnologias e às mudanças radicais que elas estão provocando, não só do ponto de vista socioeconômico, mas também cultural, é consenso definir como uma Terceira revolução Industrial. É o capitalismo adentrando no seu atual período técnico cientifico. Os paises lideres desse processo, ora em curso, são os Estados Unidos e o Japão, seguidos de perto pela Alemanha e a França e, em menor escala, por outros países desenvolvidos, como o Reino Unido, a Itália, o Canadá, a Suécia, Suíça, etc.

A DECADÊNCIA DA SUPERPOTÊNCIA

E a União Soviética? Como é que ficou nesse contexto de grandes transformações tecnológicas? Foi em meados da década de 70 que a União Soviética começou a perder o “bonde da história”. Ficava evidente, mesmo para os próprios soviéticos, que o império vermelho era uma superpotência apenas pelo seu poderio militar, pelo seu arsenal nuclear e pela sua capacidade de destruição em massa. Devido ao seu baixo dinamismo econômico, sua produtividade industrial não acompanhava nem de longe os avanços dos países capitalistas desenvolvidos mais competitivo. Seu parque industrial, sucateado, era incapaz de produzir bens de consumo em quantidade e qualidade suficientes para abastecer a própria população. As filas intermináveis eram parte do cotidiano dos soviéticos e o descontentamento se generalizava.
As filas nas lojas do Estado atormentavam a população. Era o retrato mais fiel da falência da economia soviética.

Mas o golpe de misericórdia na combalida economia soviética foi dado pelos Estados Unidos, no inicio da década de 80. a campanha dos republicanos para a eleição presidencial norte-americana, em 1980, foi baseada na recuperação da auto-estima e do prestigio internacional do país, abalado pela gestão democrata de Jimmy Carter, tido por muitos como um governo fraco. Ronald Reagan foi eleito presidente dos Estados Unidos com esse discurso e, para viabilizá-lo, prometeu triplicar o orçamento para a defesa. Como a União Soviética, não tinha mais condições de continuar com a Corrida Armamentista, os acordos de paz entre as duas superpotências se tornam necessários.
Nas eleições parlamentares, ocorridas em dezembro de 1995, o grande vencedor foi o partido Comunista. Isso refletiu o descontentamento da população com as reformas econômicas, ou seja, seu sofrimento com a prolongada crise. Assim, os partidos reformistas reduziram sua representação no Parlamento, conforme se pode constatar. O discurso xenófobo e radical de Jirinovsky também não empolgou tanto como em 1992 e seu partido também perdeu cadeiras no Parlamento.

O AGRAVAMENTO DA CRISE

Rússia, assim, como os demais países que integravam a extinta União Soviética, passam por um momento bastante delicado. Desmontaram a economia planificada, que bem ou mal funcionava e à qual estavam adaptados, mas não conseguiram ainda construir nada para substituí-la. Estão vivendo um momento de transição rumo ao capitalismo, mas até agora só conseguiram “conquistar” os aspectos negativos da economia de mercado: inflação, recessão, falências de empresas, desemprego em massa, empobrecimento da população, etc. A crise é muito grave, conforme se pode constatar pela analise dos dados a seguir.
A economia russa encolheu mais nesse período do que a norte-americana durante a crise de 29. estima-se que haja mais de 10 milhões de desempregados atualmente no país. O empobrecimento é generalizado e os russos começavam a conviver com um fenômeno com o qual não estavam acostumados: a miséria.
As antigas repúblicas da União Soviética estão descobrindo a duras penas que, para a economia de mercado funcionar direito, exigem-se ajustes estabilidades macroeconômicas e também um aspecto que vão demorar a incorporar: uma cultura capitalista, um modo de pensar capitalista que evidentemente deixou de existir depois de setenta anos de economia planificada. O capital estrangeiro, que era esperança de salvação econômica, não está entrando nesses países conforme era esperado, devido à instabilidade econômica e política. Particularmente na Rússia, além da grave crise econômica, como foi visto, há também uma crise política, provocada pelo separatismo. A Rússia continua sendo um país multinacional e o separatismo é sempre um fator de instabilidade. Isso ficou claro quando o governo de Bons Yeltsin reprimiu violentamente o movimento separatista da Chechênia (localiza-se no mapa da CEI).
Com o capital estrangeiro “assustado” e com mercados mais interessantes para investir no mundo, cada vez mais a economia russa é controlada por grupos mafiosos, que nada deixam a dever a AL Capone, no Chicago dos anos 30. O trecho do artigo de Antônio Gonçalves Filho mostra bem isso.

(...) A má fia dos tártaros, a má fia dos curdos, a má fia dos chechenos, todas elas têm o país nas mãos. Velhinhas aposentadas aparecem mortas por criminosos organizados que estão construindo fortunas sobre o sangue de seus compatriotas. Como agora é possível comprar imóveis por preços irrisórios (para os mafiosos), eles emprestam” o dinheiro a esses aposentados e, após a compra, os infelizes não recebem a casa própria, mas duas balas na cabeça (...).

Nessa terra desolada, a revolução não terminou com um bom, mas com a terrível constatação de que os russos jamais conquistaram sua cidadania, que sempre foram súditos de regimes de força — primeiro, os czares, depois o Estado soviético, e agora as máfias.
(O Estado de São Paulo, 14 de maio de 1995)

Mas quais foram as principais mudanças que ocorreram com o surgimento da CEI? Elas foram maiores no plano político. Houve uma descentralização de poder e, gradativamente, consolida-se a democracia em novos países independentes. O cargo mais importante da hierarquia de poder agora é o de presidente da República, que governa com o parlamento. Presidente e parlamentares são eleitos diretamente por voto popular em cada um dos novos países.
O grande vencedor nessa história toda foi o ultra-reformista Bons Yeltsin, que foi eleito presidente da Rússia, de longe a mais importante das ex-repúblicas soviéticas e principal herdeira da antiga superpotência, passando inclusive a ocupar o assento que pertencia à União Soviética como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Bons Yeltsin foi apoiado pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais porque, apesar de suas manifestações autoritárias e xenófobas, era o político que mais acenava com mudanças rápidas e profundas em direção a economia de mercado. Yeltsin era também o que mais afinava com a ideologia das potências ocidentais. Já que Gorbachev havia saído de cena, não restava outra alternativa senão apostar nele. É importante salientar, no entanto, que a própria saída de cena de Gorbachev foi um golpe branco impetrado por Yeltsin. Ao declarar a independência da Rússia, eliminou qualquer possibilidade de instauração de uma nova estrutura federativa, que, embora, fizesse algumas concessões aos separatistas, seria talvez a única chance de manter coesão territorial do país — o objetivo fundamental de Gorbachev.
Com o passar do tempo, Yeltsin daria demonstrações de autoritarismo. Em setembro, de 1993, ele fechou o Parlamento russo. Esse ato, claramente golpista, foi uma reação aos empecilhos colocados ao projeto ultra-reformista não só pelo Parlamento, de maioria conservadora comunista, mas também pela própria Constituição. Essas estruturas de poder eram uma herança da União Soviética, pois a Constituição datava de 1978 e o Parlamento tinha sido eleito em 1989. Assim, ao tomar essa altitude, Yeltsin buscou retirar os entraves que dificultavam suas reformas, tendo sido apoiado pelos Estados Unidos e países europeus. No entanto, agiu de maneira claramente ditatorial, mantendo uma tradição da Rússia, onde nunca houve de fato democracia.
Quando fechou o Parlamento, Yeltsin prometeu convocar eleições para dezembro de 1993. Cumpriu sua promessa, mas não foi muito bem nas urnas, embora tenha conseguido aprovar em plebiscito à nova Constituição, que lhe deu mais poderes. Seu partido, Opção da Rússia teve 13 % dos votos, mas o grande vencedor com 24 % dos votos, foi o Partido Liberal Democrático, oposição de extrema direita, liderado por Vladimir Jirinovsky. O Partido Comunista ficou com 10 % dos votos, seguido do Partido Agrário, com 9 %.
Foi com essa espinhosa missão que Mikhail Gorbatchev chegou ao cargo de secretário-geral do PCUS, posição mais alta da estrutura de poder da extinta União Soviética. Cabia a ele recolocar o país no mesmo patamar tecnológico do mundo ocidental, aumentando os níveis de produtividade econômica. Cabia a ele também aumentar a oferta e a qualidade de bens de consumo de alimentos para a população.
Para isso, era importante atrair investimentos estrangeiros, garantindo acesso a novas tecnologias. Com esse objetivo, foram firmadas muitas associações (ioint ventures) com empresas ocidentais. Era fundamental, para tanto, introduzir entre os administradores e trabalhadores o conceito de lucro, de produtividade, de controle de qualidade, etc, afim de modernizar empresas industriais e agrícolas.
O próprio Gorbatchev fez uma análise bastante realista da situação do país e propôs reformas nos planos político e econômico. Essas propostas aparecem de forma cristalina no livro Perestroika — novas idéias para o meu país e mundo, um best-seller mundial:
O sucateamento das indústrias, na extinta União Soviética, era cada vez mais acentuado, aumentando uma defasagem em tecnologia de produtos em relação às potências capitalistas. Seus produtos eram piores, uma produtividade, menor.

Estava-se desenvolvendo uma situação absurda: a URSS, o maior produtor mundial de aço, matérias-primas, combustiveis e energia, apresentava escassez de tais recursos devido ao uso ineficiente ou ao desperdício. Apesar de ser um dos maiores produtores de grãos para alimentação, tinha de comprar milhões de toneladas por ano para fornagem. Possuímos o maior número de médicos e leitos hospitalares para cada 1000 habitantes, e, ao mesmo tempo, existem claras deficiências em nossos serviços de saúde. Nossos foguetes conseguem encontrar o cometa de Halley e atingir Vênus com uma precisão surpreendente, mas ao lado desses triunfos científicos às necessidades econômicas, e muitos dos eletrodomésticos na URSS apresentam uma qualidade sofrível.
Infelizmente, isso não é tudo iniciou-se uma gradual erosão de valores ideológicos e morais de nosso povo.
Ficou claro que a taxa de crescimento caía rapidamente e que todo o mecanismo de controle de qualidade não estava funcionando de forma adequada. Havia falta de receptividade com relação aos avanços científicos e tecnológicos, a melhoria do padrão de vida estava diminuindo e havia dificuldade no fornecimento de alimentos, bens de consumo e serviços.
(GORBACHEV, Mikhall, Perestroika - novas idéias para o meu país e o mundo. P 20)

Nesse livro, Gorbatchev, rompendo com o imobilismo da era Brejnev, propôs uma reestruturação (Perestroika, em russo) da economia soviética visando à superação de suas profundas contradições. Mas, para a implantação da Perestroika, para o seu sucesso, respondendo a pressões internas e externas, seriam necessárias reformas também no sistema político-administrativo.
Era preciso pôr fim à ditadura, desmontando o aparelho repressor erigido na era Stálin. Outra necessidade era frear a corrida armamentista. Gorbatchev sempre tomou a iniciativa para a assinatura de acordos de paz com os Estados Unidos, o que acabou lhe garantindo o Prêmio Nobel da Paz, em 1990. Independentemente de seus princípios éticos, ele necessita urgentemente desses acordos para ter as condições econômicas e políticas que sustentariam a implantação de suas reformas.
O primeiro passo foi a glasnost, que pode ser traduzida como uma nova fase de transparência política. Teve inicio, assim, uma abertura política na extinta União Soviética. Entretanto, a desmontagem do aparelho repressor foi como se um poderoso vulcão, há muito adormecido, entrasse em atividade. Forças nacionalistas imediatamente começaram a reivindicar autonomia em relação a Moscou. Durante toda a existência da União Soviética, as minorias oprimidas pelos russos, que eram de fato os senhores do país, foram controladas pelo uso da força bruta — repressão, tortura, assassinatos, etc, - e pelo controle ideológico — o partido único como encarnação da revolução socialista e do proletariado no poder. Assim, com o primeiro relaxamento nessa estrutura de dominação, brotaram vários movimentos separatistas. As repúblicas bálicas foram pioneiras, declarando unilateralmente sua independência. Em seguida, os ideais de liberdade espalharam-se pelo Cáucaso, Ásia Central e outras regiões do país, levando à completa fragmentação política da antiga superpotência.

O FIM DA SUPERPOTÉNCIA

Mikhail Gorbatchev, que já estava sendo fortemente pressionado pela crise econômica e pelos insucessos da Perestroika, teve de contemporizar as pressões dos separatistas. Tentando manter a coesão territorial do país, fez um acordo com as repúblicas, concedendo-lhes maior autonomia no âmbito de uma federação renovada. A idéia de Gorbatchev era de que a União Soviética caminhasse gradativamente para uma espécie de confederação. Porém, isso era inadmissível para os comunistas conservadores. Um dia antes da entrada em vigor do acordo firmado entre Gorbatchev e representantes das repúblicas, os comunistas ortodoxos, sob a liderança de Guenedi lanaev, deram um golpe de Estado. A tentativa golpista, que durou de 18 a 20 de agosto de 1991, fracassou por falta de apoio popular por divisões no PCUS e nas forças armadas pela resistência liderada por Bons Yeltsin, presidente da Rússia. Mas, aproveitando-se da crise política que acabou o país, do vazio de poder que se instaurou, os países bálticos proclamaram sua independência política. Era o início do desmembramento do país.
Após a fracassada tentativa de golpe, Míkhail Gorbatchev foi reconduzido ao poder com apoio de Bóris Yeltsin. No entanto, o poder central esvaziara-se. Uma a uma, as repúblicas proclamaram a sua independência política, enfraquecendo o poder central. Gorbatchev era então presidente de um aglomeramento de países, de uma ficção geopolítica, não mais que um Estado unificado e centralizado. Mas o golpe fatal veio em dezembro de 1991, quando a própria Rússia, sustentáculo da União Soviética, proclamou também a sua independência, sepultando de vez a outrora superpotência. Um encontro dos presidentes da Rússia, da Ucrânia, e de Belarus, em 9 de dezembro de 1991, em MinsK (Belarus), selou o fim da União Soviética. Como resultado do Acordo de Minsk, surgiu a Comunidade de Estados Independentes (CEI). Em 21 de dezembro de 1991, essa entidade foi instituída pelo Tratado de Alma-Ata (Casaquistão). Onze das antigas repúblicas soviéticas aderiram á CEI, em Alama-Ata. Em 1993, Geórgia também ingressou na CEI. Das antigas repúblicas soviéticas, apenas a Lituânia, a Letônia e a Estônia não entraram para essa entidade. Veja o mapa e compare-o com o da extinta União Soviética.


Postado por: Luís Gustavo F.Resende

O SURGIMENTO DO CAPITALISMO E SEU PAPEL NA FORMAÇÃO DAS REGIÕES DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

A Revolução Industrial modifica completamente a Geografia particularmente da Inglaterra , país que desencadeou todo esse processo. Pouco a pouco, a revolução Industrial ganha o continente europeu atingindo principalmente a França, a Holanda e a Bélgica.
Mas não é só a Geografia desses países que vai ser modificada. As repercussões da Revolução Industrial sobre os destinos dos diversos povos e regiões do mundo serão profundas.
Em primeiro lugar porque com o sistema fabril (a maquinofatura) aumenta enormemente a demanda de matérias-primas e estas vão ser buscadas nos mais diferentes recantos do mundo.

As repercussões da Revolução Industrial sobre os destinos dos diversos povos regiões do mundo serão profundas. O século XIX verá a Inglaterra tornar-se a “oficina do mundo” subordinado as diferentes regiões do mundo.

Em segundo lugar, porque com a expulsão dos trabalhadores do campo, e a ida deles às cidades, a agricultura dos paises que se industrializam começa a se dedicar, principalmente, ao cultivo de matérias-primas para as fábricas. Como os salários eram baixos e o nível de vida do proletário urbano era miserável, pouco empresários agrícolas se preocupavam em abastecer as cidades de alimentos.
Articulando com esses dois aspectos acima apontados, temos um terceiro que foi a aplicação da máquina a vapor, vão permitir interligar as diversas regiões no interior de cada país e integrar as mais longínquas regiões do mundo.
A América, principalmente colonizada por portugueses e espanhóis, viu o surgimento de uma série de países independentes.
A independência não foi acompanhada da abolição da escravatura, de uma reforma agrária, assim como não houve mudança nos objetivos da produção. Na verdade, esses paises se transformaram de colônias em semicolônias eu, como dizem os historiadores, tratá-se do neoliberalismo.

A Inglaterra estimulando o liberalismo, influenciou as lutas de libertação das colônias em relação às suas metrópoles. Porém estes novos países não levaram o processo de independência para o plano social e econômico.

A partir do século XIX, as regiões temperadas no Novo Mundo serão transformadas com a implantação da agricultura mercantil de exploração.
 
 
Postado por: Luís Gustavo Ferreira Resende

A Tecnologia Moderna Como Herança Da Revolução Industrial Do Século XVIII

                     
  

 Este artigo é resultante de experiência de pesquisa a qual teve como objetivo relacionar a Revolução Industrial do Século XVIII com a Revolução Tecnológica do Século XX. Busca-se identificar os principais fatores que promoveram a Revolução Industrial e a Revolução Tecnológica. Objetiva-se caracterizar as fases da Revolução (suas etapas), identificar as mudanças que ocorreram no processo econômico, social e político desde a Revolução Industrial até os tempos atuais (Revolução Tecnológica e a Era da Informação). Neste sentido, este trabalho permite visualizar quais são os aspectos semelhantes nas concepções e impactos sociais da Revolução Industrial e Revolução Tecnológica na atualidade. Compreende-se que a Revolução Industrial precede cronologicamente a Revolução Tecnológica do século XX, porque é neste ponto da História que começa a insegurança econômica advinha da questão , a substituição do homem pela máquina. A partir do momento, que a máquina ganhou lugar no mercado, toda a estrutura sócio-econômica e ambiental sofreu modificações. A Revolução Industrial o auge tecnológico era mecânico. Na Revolução Tecnológica o apogeu do progresso está na eletrônica, na informação. O avanço passou a agilizar a mão-de-obra. Apresenta-se aí a conclusão: todo o serviço repetitivo foi e será substituído pela máquina. Se o avanço tecnológico e toda sua carga de significações são inevitáveis, onde fica a figura humana? A era tecnológica é a era da informação. Todos os aspectos negativos originados no poder das máquinas estão instrinsecamente ligados à incapacidade de adaptação do trabalhador (figura humana) às novas tecnologias. As mudanças profissionais do mercado em contínua evolução exigem um perfil de trabalhador capacitado para uma era altamente seletiva na esfera profissional. Para a realização desta pesquisa, utilizou-se procedimento de análise bibliográfica e documental.

Palavras-Chave: Revolução Industrial; Revolução Tecnológica; Tecnologia Moderna.

Introdução               

A Revolução Industrial constituiu um marco significativo na História do mundo ocidental por ser considerado o ponto de partida de uma série de mudanças no cotidiano moderno. Os efeitos da substituição na manufatura(trabalho manual) pela manufatura (trabalho do homem manobrando aparelhos complicados) trouxeram uma carga hereditária ostensiva para a vida em sociedade. Deste ponto, surgiram revoluções na demografia, na agricultura no Comércio, nos transportes e principalmente nos princípios empresariais de administração com relação à inovação da produtividade.

Passado todo o período que distancia a Revolução Industrial da Revolução Tecnológica constata-se que ambas fizeram surgir fortes mudanças no panorama mundial. O papel das duas está centrado exatamente no “divisor de águas” e desta maneira no fator promotor da divisão entre beneficiados e beneficiadores. Com o advento da máquina, a mão-de-obra manual passou a ser agilizada. A ausência de especialização na operação industrial desencadeou a estagnação e a pobreza para os operários e a fonte de lucro para empresários. A queda na qualidade de vida tornou-se paupável de um lado e a riqueza de outro. Criou-se aí uma nova “Era Econômica” uma disparidade gritante entre os padrões de vida dos habitantes do século XX e os padrões predominantes nos países subdesenvolvidos ou atrasados de nossos dias, se deve essencialmente ao fato de que os primeiros se industrializaram e estes últimos não.

As características da nova organização e econômica constituem uma imagem genitora para a Revolução Industrial como sendo intrinsecamente relacionada com as revoluções a partir dela identificávies.

Um Conceito Para a Revolução Industrial

Pode-se conceituar Revolução Industrial como sendo um fenômeno de forte impacto social. Sabe-se que houve atividade industrial anteriormente embora “tosca” artesanato, manufatura, indústria, mas é a partir deste ponto específico da História, que surge a substituição do trabalho do homem pela agilidade da máquina. O homem passa assumir um papel de agente de direção, de manobra de aparelhos mais ou menos complicados. Assiste-se pois à passagem da manufatura para a maquinofatura. Estaria os princípios básicos da chamada Revolução Industrial,que pode ser identificado pela produção em série, em grande quantidade, para um consumidor não conhecido.

Enquanto as produções anteriores objetivam um mercado certo, determinado, a partir da produção em maior escala (Revolução Industrial), a produção é feita para um mercado anônimo. Enquanto antes o artigo era feito por um artesão (uma pessoa), após a Revolução Industrial a produção é feita pela máquina ou várias pessoas, que dividem a tarefa de forma tal que, o trabalho toma feições mais racionais e rentáveis. O poder produtivo da méquina, evidentemente, supera a força do trabalho humano.

Um gama de alterações permeiam a vida em sociedade a partir de então, modifica-se: modo de produção (com proveito para o agente produtivo); a quantidade e a qualidade e a quantidade do artigo a ser posto no comércio; o lucro do capitalista, que acumula bens e os inverte nos grandes estabelecimentos assiste a multiplicação de seus recursos; a fábrica agrupa centenas de trabalhadores e faz desaparecer a produção domiciliar; o empresário assume o papel de proprietário de máquinas e materiais e o artesão apenas o vendedor de sua força produtiva; o proprietário poderá ter lucro ou prejuízo; o operário terá única e exclusivamente seu salário; o diferencial entre lucro, salários, custos (de investimentos em geral) significará o ganho do investidor. Se o sistema capitalista teve antecedentes, é sem dúvida no século XVIII que se corporifica “O que é recente não são as máquinas diz Paul Mantoux, mas o novo, está no maquinismo”.[2]

O Impacto da Revolução Industrial e seus Efeitos na Sociedade

O ponto de partida para uma análise detalhada do impacto social provocado pela Revolução Industrial, tem raízes no consenso geral entre historiadores que afirmam que o crescimento continuado, crescimento segundo alguns, remonta suas origens às décadas de meados do século XVIII. O período anterior mostra que quadro lento (quanto não precipitado por catástrofes não econômicas). Os padrões de vida eram inconstantes e flutuavam violentamente a curto prazo, podendo elevar-se ou declinar-se de maneira imperceptível a longo prazo. Com o processo de insdustrialização, a mudança tornou-se contínua, patente e sistemática. Fazia parte de um processo de industrialização. O resultado mostrou-se no aumento visível da produção nacional, na produção e nas suas rendas “per capita” em ritmo ainda variável.

Associada com a Revolução Industrial no tempo e uma relação complexa de causa e efeito se desenrolou uma revolução demográfica cuja mecânica não é ainda completamente compreendida. Algo está claro, entretanto, uma das características que diferencia a moderna economia industrial (ou processo de industrialização) de suas predecessoras na cadeia de desenvolvimento econômico é fato de que a primeira implica em crescimento contínuo a longo prazo tanto em população em produção.[3]

Claro é, que a taxa de natalidade e mortalidade (fatores formalizadores do crescimento demográfico limitam as variações do aumento da população. O quadro econômico pré industrial com taxas brutas de natalidade de nascidos vivos por ano de 1000 habitantes variam geralmente entre 35 a 50. A taxa real equivale, de acordo com características específicas como sexo e composição etária, fatores sócio-culturais ( idade de casamento e atitudes para com o tamanho da família), fatores econômicos ( procura de menores para trabalhar ou os custos de ter filhos) e eventos como guerras, epidemias e o fato da taxa de mortalidade ser inferior à taxa de natalidade fortalecem a tese afirmativa do autor supracitado.

Os estudos mais atualizados que dizem respeito ao desenvolvimento econômico dos países subdesenvolvidos afirmam categoricamente que o caminho para o crescimento econômico prolongado tem bases sólidas na Revolução Industrial. O contraponto reside na estratégia de insdustrialização e o papel que a gricultura devia desempenhar no processo.

As teorias variam e constroem abordagens diferentes sobre o assunto. Para uns a exigência agrária devia absorver mã-o-de-obra de maneira eficiente e liberar força de trabalho e recursos nas técnicas agrícolas e nos métodos organizacionais promoveriam a modernização das insústrias maufatureira e do transporte.

Tais teorias partem partem do princípio de uqe só há crescimento bem sucedido na produtividade agrícola, uando há condições revolucionárias. Então, a economia pré-industrial deve depender da agricultura para adicionar continuiddae, matérias-primas, os mercados e o capital são fatores que permitem a industrialização evolutiva. A Inglaterra mostrou historicamente quatro caracterpisticas que reforçam a relação da Revolução Agrária. Destaca-se o cultivo de lavoura consolidadas em grande escala em lugar dos campos abertos medievais cultivados primitivamente, a adoção do cultivo intensivo da terra para a produção de alimentos e a ampliação da cultura arável às terras livres, a transformação no perfil da comunidade aldeã de lavradores auto suficientes num perfil de trabalhadores agrícolas cujos padrões dependiam da economia mercadológica e internacional.

O Impacto da Maior Produtividade no Comércio e nos Transportes

A expansão do horizonte econômico no período de transição pré e pós-industrial tomou proporções ágeis com a industrialização. A Europa ocidental, a Inglaterra encontrava-se em posição estrategicamente favorável. Obtivera êxito na implantação duma indústria manufatureira de exportação por meio da beneficiação da lã que possuía em quantidade relativamente abundante e de boa qualidade, por intermédio de desenvolvimento de habilidades técnicas e de técnicas comerciais, que as vendas manufatureiras de lã a preço baixos lideravam o mercado.

Com o avanço inegável da produtividade no período pós-industrial, a necessidade de agilidade no transporte dos produtos com uma nova forma de economia de capital. Embora seja claro, que todo aumento da produtividade agrícola (volume de bens produzidos por unidade de força de trabalho empregada na agricultura em tempo integral. A essência da produção agrícola tecnológica é caracterizada pela agilidade que as máquinas proporcionam ao plantio, às novas rotações de culturas, às safras e ao estoque. “Não há dúvidas de que essas inovações devem ter melhorado em muito a produção agregada da indústria de uma determinada unidade de terra ou mão-de-obra onde quer que foram introduzidas”.[4]

DEANE afirma que os fazendeiros inovadores, que investiam tecnologicamente na produção fizeram imensas fortunas, investimentos voltados às facilidades de estrutura de transportes básicos como portos, estradas, pontes, canais, estradas de ferro sejam de natureza geral social, sem dúvida, esse tipo de capital promoveu os mais ricos recursos naturais de uma economia planejada que sem ela poderiam permanecer inacessíveis e subdesenvolvidos. Tais investimentos caracterizam os fatos que: exigiram empates de capital superiores ao que é lícito esperar-se de um empresário;tomaram tempo para sua construção e mais tempo ainda para produzir lucro substancial;verdadeiro proveito do investimento era de ordem coletiva e atingiu direta ou indiretamente mais a comunidade como um todo, do que os empreendedores propriamente ditos. Conseqüentemente o uso do capital geral e social tem de ser fornecido coletivamente por iniciativa pública-governamental e privada (instituições financeiras internacionais).

É bem verdade, que as estradas sempre foram produto de empreendimento coletivo, em grande parte porque estavam intimamente ligadas com as questões de segurança militar.

Em tempos feudais, as estradas romanas foram construídas quase exclusivamente por soldados, e desse modo, às custas de verba-pública. Todos os proprietários de terras eram teoricamente os responsáveis pelas estradas inclusas em seu território. Somente em locais em que a manutenção de ordem da lei estava em jogo é que havia alguma probabilidade do Estado medieval intervir invocando a responsabilidade e lançando impostos e taxas com vistas ao reparo das estradas.

“O caráter insatisfatório das estradas em face das exigências crescentes que eram feitas pela economia refletiu no interesse público intensificado pelas estradas. Na data de meados do século XVIII, cerca de oito leis rodoviárias, geralmente autorizando estradas foram aprovadas pelo Parlamento. O fluxo quintuplicou durante as duas décadas que terminaram e 1770, caiu lentamente para 37 leis por ano nas duas décadas seguintes e atingiu seu auge de mais de 55 leis por ano no período de vinte anos compreendidos entre 1991-1810.”[5]

A quantidade aqui não equivale à qualidade. Os perigos nas estradas apresentam-se sob várias formas para os viajantes. As novas técnicas de construção de estradas proporcionavam bem ou mal a existência de rodovias capazes de suportar tráfego pesado. Tem-se aí relação explícita de expansão comercial e do transporte.

Os Novos Velhos "Princípios Empresariais"


Os desenvolvimentos ocasionais pela Revolução Industrial introduziram novas atitudes empresariais no século XVIII. A alteração no padrão de oportunidade econômica para a comunidade comercial em geral revelou repercussões secundárias importantes. Os investimentos passaram a ser tomados como princípios norteadores de lucro máximo, então a economia em empresarial passou a ser planejada com vistas ao mercado potencial suficientemente elástica e justificar um aumento concreto e volumosa na produção, só assim a plebe dos empresários abandonou suas técnicas tradicionais e passou a tirar proveito das oportunidades da industrializaão abetas a eles.

Outro determinante primordial nos princípios empresariais à taxa de crescimento econômico diretamente proporcional entre o índice de expansão de oferta de mão-de-obra e a capacidade de produção maior de bens de serviços.

Se há trabalhadores dedicados com mais afinco ou por mais tempo ou ainda se há população ativamente ocupada de modo regular, que produz de modod regular uma elevação considerável na oferta produtiva.

O investimento empresarial volta-se ás máquinas mais modernas e eficientes capazes de suprimir os custos de capitação e associá-las a um aumento continuado na formação de capital, cresce do capital e no progresso tecnológico ininterrupto. Mesmo nos setores em que a mudança técnica da Revolução Industrial ocasionou a poupança de mão-de-obra em seus efeitos, o imenso ímpeto que deu à expansão aos investimentos fomentou um aumento líquido nítido na procura da mão-de-obra.

O contexto histórico do século foi favorável à mudanças técnicas e conseqüentemente organizacionais. As inovações elaboradas para superar limitações técnicas foram particularmente bem sucedidas e rapidamente difundidas. Com efeito, nesses setores de mudança técnica, a máquina à vapor leva lugar de destaque.

Outros fatores de suma importância nos princípios empresariais, diz respeito ao papel fundamental da mão-de-obra, pois a produtividade aumenta em detrimento da diminuição de mão-de-obra e capital, índice de investimentos por meio da ampliação no influxo de capital no processo produtivo, há conseqüentemente um aumento no número de navios ou canis capazes de transportar mais comércio. Uma maior quantidade de maquinaria de bombeamento ou de equipamento significa um uso maior de carvão refinado dos leitos, bem como, um princípio de seletividade de qualificação, na execução do trabalho.

Entretanto, a oferta de trabalho com caracterizações flexíveis, dá margem para o acesso de um suprimento abundante de trabalho a um preço relativamente baixo e isto obviamente estimula os investidores de potencial.

O fato de que os empresários britânicos no final do século XVIII e princípio do século XIX conseguiram aumentar a produção e a capacidade industrial sem equivalência nos custos crescentes correspondentes à elevação no índice de salário real, investidor quanto consumidor. À medida que ampliava-se o incentivo ao consumo. Os lucros subiam e os preços baixavam.

A proporção que os preços baixavam, a procura aumentava e uma vez que, a procura de produtos manufaturados tendia a ser elástica, tal instabilidade criava o poderoso efeito de que o gasto total crescia a despeitoda queda de preços, então o mercado estimulava um investimento qualitativo na procura de mão-de-obra. O processo era cumulativo. Assim, mão-de-obra em abundância promovia maior produção para menor insumo de capital ou da venda do poder produtivo. A economia tanto de capital, quanto na mão-de-obra gerava uma expansão cumulativa e auto-reforçada na atividade econômica.

Em suma, é fato notório que a chamada Revolução Industrial processou um complexo crescimento e mudança econômica na sociedade ocidental, seja relacionada à agricultura, transporte, comércio u manufatura, ela exigiu um aumento maciço no redimento de trabalho e ela mesma, forneceu parte da ocasião para tantas mudanças.
As Semelhanças Existentes Entre a Revolução Industrial e a Revolução Tecnológica
As mais evidentes semelhanças que aproximam as chamadas “Era Industrial” e a “Era Informacional”, residem no fato de que ambas corporificam a base de um sistema e exercem um impacto inimaginável sobre a organização e a estrutura da sociedade.

A questão econômica e a formalização e o fortalecimento do Capitalismo são outros fatores que unem os conceitos da Revolução Industrial, enquanto marco histórico responsável por uma série de transformações já mencionadas e o conceito de Revolução Tecnológica, entendida aqui, como sendo uma ‘era’ em que o ‘ capital de giro’ está centralizado na Informação e sua aplicabilidade.

Então, a mecânica da economia social na mudança de milênio, isto é, o que move as engrenagens da máquina administrativa está na oferta da maior qualidade e agilidade de serviços. A informatização tem um papel fundamental neste contexto. “ A passagem na mudança de milênio da era industrial para informal, da chamada globalização para a informatização tem um impacto jamais imaginado sobre a mentalidade dos indivíduos nela inseridos”.[6]

O avanço contínuo apresentado pela Revolução Tecnológica mostra, que a característica do saber e da informação (presentes nas revoluções anteriores) não é gênese de tantas mudanças. O que importa na nova revolução também chamada de ‘era digital’ é a aplicação dos novos saberes competências e tecnologias em ‘redes globais’ fato que, realimenta permanentemente novas formações (de redes) associadas ao mercado e ao poder (econômico-político).

O autor Manuel Castells expõe em várias teses que a nova sociedade informacional é altamente excludente, mas espera que essa condição seja temporárias. Ele afirma que a longo prazo,seria possível integrar frações da população excluída no Centro da ‘ sociedade informacional favorecida’.

“Aqueles beneficiados pelo novo modo de desenvolvimento informacional experimentam um feito benéfico sobre a qualidade de vida, onde se dá o controle da natureza hostil (externa: catástrofes climáticas, interna: saúde), prolongado a expectativa de vida e reduzindo a mortalidade precoce de grandes frações da população. A estrutura de emprego se diferencia e flexibiliza, o desemprego se reduz, os salários crescem, a sociedade como um todo se enriquece”.[7]

Os temas de exclusão e integração, embora tratem-se de oposições lógicas encontram-se destacadas na formação do sistema nos dois momentos históricos.<

A Revolução Industrial excluiu o trabalho manual e integrou o desenvolvimento industrial para a produção de massa, a Revolução Industrial exclui o trabalhador que mesmo possuindo saberes, precisa ter competência para integrar-se num mercado tecnologicamente seus conhecimentos.

As duas revoluções sistematizaram uma estrutura de sociedade com fluxos e trocas de informação que reorganizaram a produção e o consumo da economia no mundo interligado pela tecnologia. Com isso crescem novas divisões de trabalho, de estruturas de emprego, de enfraquecimento de Estado e dos Sindicatos, dos meios de comunicação em massa das sociedades contemporâneas, além de outros efeitos. Os dois processos revolucionários prescrevem de toda forma, uma permanente adaptação do ser humano a uma sociedade em crescente mudança.

Para a Professora Maria Viviane Eschher Antero, a teria de que a Revolução Tecnológica trouxe várias mudanças, sobretudo no paradigma educacional, econômico, político e social é verdadeira, mas ela concorda com Castells, quando afirma que:

“Saber é poder.E o mais importante disso tudo, é o homem saber usar inteligentemente e humanamente, pois não se deseja a desumanização do homem pela máquina. Trata-se de reconhecer a soberania da inteligência humana e dela tirar o proveito para o bem da própria humanidade”.[8]

Feitas as análises sobre as organizações duas aqui tratadas, constata-se que para promover o sucesso na era atual, faz-se necessário um investimento, maciço na conscientização e nas estratégias metodológicas educacionais para fins de atender a demanda na preparação do perfil de recursos humanos exigida pelo mercado.          

Considerações Finais

No intuito de identificar as rotas que deram passagem as mudanças políticas econômicas e sociais no mundo ocidental (no período compreendido entre a Revolução Industrial e a chamada Revolução Tecnológica) os historiadores tem redimensionado a análise dos conceitos e teorias que remontam o fenômeno da industrialização bem sucedida.

O ponto crucial da presente pesquisa originou-se do interesse em estudar e conhecer os aspectos que assemelham duas realidades históricas ‘distintas’ e ‘distantes’.

O resultado do trabalho trouxe à tona uma percepção mais detalhada do conceito, formação e atuação do que se entende por sistema. A inter-dependência dos fatores econômicos e suas conseqüências no contexto social tornou-se evidente, após as leituras e obviamente favoreceu minha formação acadêmica como historiadora.

Da análise, o que fica, é a certeza de que todo fato histórico tem fatores que acontecem, que trazem muitas mudanças, implicam diretamente no padrão de vida da humanidade pois refletem nos aspectos formalizadores do cotidiano.

Postado por : Fagner Murilo

Conceito

                        

A expressão "Revolução Industrial" refere-se ao conjunto de transformações técnicas e económicas que se iniciaram em Inglaterra na segunda metade de século XVIII e que ao longo do século XIX se espalharam por praticamente toda a Europa e América do Norte. A invenção da máquina a vapor e a sua posterior aplicação à indústria e aos transportes é considerada como a grande causa do despoletar da Revolução Industrial. De facto, foi a máquina a vapor que provocou a rápida e drástica alteração dos modos de produção, nomeadamente a passagem da manufactura para a maquinofactura e o surgimento de técnicas de organização e racionalização do trabalho e de produção em massa.

Postado por : Fagner Murilo

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Artesanato e manufatura

                                   



Até o período medieval (entre meados do ano 400 d.C. até 1300 d.C.), os produtos eram feitos de maneira artesanal, através das corporações de ofício. Essas corporações eram grupos de artesãos que faziam todos o mesmo produto, artesanalmente, criando normas coletivas de fabricação e distribuição da mercadoria.

Com o renascimento comercial, no final do período medieval (século 11) começou a haver um novo controle sobre a forma de produção. O artesão que produzia uma cadeira, por exemplo, não era mais dono de seu produto. Ele passava a ser empregado de outra pessoa, que era dono das ferramentas e do material. Esse processo é chamado de manufatura, em que o produtor não é mais dono do que fabricou. O produtor vende sua força de trabalho em troca de pagamento, utilizando as ferramentas e o material de quem os possui.

A industrialização é uma etapa mais elaborada da manufatura, pois devido às novas descobertas tecnológicas, como a máquina a vapor, a produção pôde ser dinamizada. Agora o trabalhador é obrigado a trabalhar seguindo o regime da fábrica. Ele passa grande parte do seu dia dentro dela, fazendo tarefas repetidas sem parar. Cada trabalhador responsável por uma etapa do produto. Além de não ser dono das máquinas e da matéria-prima, o trabalhador vende sua força de trabalho e seu tempo ao dono da fábrica. O valor que recebe em pagamento não é determinado por ele, mas pelo patrão, que, em geral, não vai remunerá-lo corretamente.

postado por : GLIFFERSON DIEGO

Exploração e resistência

Exploração e resistência

Esse processo de industrialização, que submeteu os trabalhadores ao regime das fábricas, trouxe muitas transformações. Além de alterar o próprio ritmo de fabricação, conseguindo produzir mais mercadorias em menor tempo, a industrialização alterou a vida dos homens e forçou uma rápido crescimento das cidades.

Assim, na Inglaterra do século 18, os ricos haviam se apropriado dos campos para obter matérias-primas para suas fábricas. Nesse processo, eles cercaram suas terras e expulsaram a maioria dos camponeses, que foram para as cidades. Lá chegando, devido ao excesso de mão-de-obra, os trabalhadores acabaram tendo que se sujeitar ao regime desumano de trabalho das fábricas. Nesse período, recebiam salários baixíssimos. Além disso, crianças, mulheres, homens e idosos eram obrigados a cumprir jornadas de trabalho de até 18 horas.

Obviamente que essa exploração extrema gerou conflitos e resistências. Os trabalhadores quebraram máquinas, fizeram greves, se organizaram, formaram sindicatos. No decorrer do século 20, muitos direitos foram conquistados, criando melhores condições de trabalho e, inclusive, leis que protegem os trabalhadores.

postado por GLIFFERSON DIEGO