quinta-feira, 23 de setembro de 2010

                  


RESULTADOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
            O século XIX significou o século da hegemonia mundial inglesa. Durante a maior parte desse período o trono inglês foi ocupado pela rainha Vitória (1837-1901), daí ter ganho a denominação de era vitoriana. Foi a era do progresso econômico-tecnológico e, também, da expansão colonialista, além das contínuas lutas e conquistas dos trabalhadores.

            Na busca de novas áreas para colonizar, a Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências, originando inúmeros conflitos e um crescente armamentismo que culminariam na Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914.

            A era do progresso industrial possibilitou a transformação de todos os setores da vida humana. O crescimento populacional e o acelerado êxodo rural determinaram o aparecimento das grandes cidades industriais: Londres e Paris, que em 1880 já contavam, respectivamente, com 4 e 3 milhões de habitantes. Esses grandes aglomerados humanos originaram os mais variados problemas de urbanização: abastecimento de água, canalização de esgotos, criação e fornecimento de mercadorias, modernização de estradas, fornecimento de iluminação, fundação de escolas, construção de habitações, etc.

            No aspecto social, estabeleceu-se um distanciamento cada maior entre o operariado (ou proletariado), vivendo em condições de miséria, e os capitalistas. Separavam-se em quase tudo, no acesso à modernidade, nas condições de habitação e mesmo nos locais de trabalho: nas grandes empresas fabris e comerciais, os proprietários já não estavam em contato direto com os operários, delegando a outros administradores as funções de organização e supervisão do trabalho.

            O mercado de trabalho, a princípio, absorvia todos os braços disponíveis. As mulheres e as crianças também eram atraídas, ampliando a oferta de mão-de-obra e as jornadas de trabalho oscilavam entre 14 e 18 horas diárias. Os salários, já insuficientes, tendiam a diminuir diante do grande número de pessoas em busca de emprego e da redução dos preços de venda dos produtos provocada pela necessidade de competição. Isso sem contar que as inovações tecnológicas, muitas vezes, substituíam inúmeros trabalhadores antes necessários à produção.

            Aumento das horas de trabalho, baixos salários e desemprego desembocavam freqüentemente em greves e revoltas. Esses conflitos entre operários e patrões geraram problemas de caráter social e político, aos quais, em seu conjunto, se convencionou chamar de questão social. Os trabalhadores organizaram-se, então, em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses: salários dignos, redução da jornada de trabalho, melhores condições de assistência e segurança social, etc. Diante desse quadro surgiram as novas doutrinas sociais, pregando a criação de uma nova sociedade, livre da miséria e da exploração reinante.




Postado por: Fagner Murilo

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